O primeiro dia de março celebra o dia nacional do ecoturismo, também conhecido como turismo ecológico. Tal atividade envolve práticas sustentáveis de visitação e permanência em áreas naturais.
Aliás, é a modalidade de turismo que mais cresce no mundo, sobretudo em tempos de pandemia. A ideia, portanto, é de promover um regresso à natureza. Uma reconexão, enfim, com o universo natural que envolve as culturas e as economias.
E, este tipo de experiência é ainda melhor se realizada em pequenos grupos. Desta forma, se pode gerenciar o distanciamento social e a biossegurança.
São experiências de mínimo impacto no ambiente e que despertam o interesse de milhões de viajantes pelo mundo, aliás. Apenas para citar, o ICMBio declarou que, em 2019, o número de ecoturistas percorrendo o país ultrapassou 15,3 milhões.
Segundo a ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, viagens com este perfil representam 9,7% do total de roteiros no Brasil. Ou seja, ainda há muito mercado para se explorar e um sem-fim de oportunidades para empreender.
Ainda assim, parte do ecoturismo nacional ainda é realizado fora de Unidades de Conservação. Isto inclui bolsões de cerrado, resquícios de mata atlântica, zonas ribeirinhas e litorâneas. Este fato indica a necessidade de se ampliar a gestão sobre estes espaços delicados de natureza e cultura.
Porém, se percebe que a maior concentração de ecoturistas se dá em Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, além das RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural. Estes ambientes são exemplos de uso sustentável, segundo o SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
O dia nacional do ecoturismo, portanto, aponta para a oportunidade de investimento em pequenas cidades do interior do país.
Seja na área de hospedagem, alimentação, logística e suporte para aventuras, há a carência de empreendimentos onde o diferencial seja, sobretudo, a gestão de experiências. É necessário unir, desta forma, o natural, o cultural e serviços de excelência.
É comum associar-se o ecoturismo com o turismo de aventura, uma variação que insere algumas práticas radicais nos cenários e paisagens naturais.
Dentre as modalidades estão o cicloturismo, rafting, slackline, surfe, mergulho, flutuação, canionismo, espeleoturismo, o Tree Climbing, apenas para exemplificar. Então, em outras palavras, o turismo de aventura pode ser entendido como a recreação ativa do ecoturismo.
Em conclusão, o cenário de oportunidades para novos empreendimentos que contribuam com a conservação ambiental está aberto.
É importante lembrar que a gestão destas práticas em ambientes naturais delicados precisa contar com o apoio de profissionais da área. O ecoturismo agradece!